Cinque Terre
SE 10. O campo do patrimônio e o papel da antropologia
Regina Maria do Rego Monteiro de Abreu (UNIRIO) - Coordenador/a, Izabela Maria Tamaso (Universidade Federal de Goiás) - Coordenador/a, Silvana Barbosa Rubino (UNICAMP) - Participante, Heitor Frugoli Jr. (Departamento de Antropologia da USP) - Participante, Antonio Carlos Motta de Lima (UFPE) - Participante, Artionka Manuela Góes Capiberibe (Departamento de Antropologia/IFCH/Unicamp) - Debatedor/a, Roque de Barros Laraia (Professor Titular) - Participante, Rivia Ryker Bandeira de Alencar (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) - Participante, Sara Santos Morais (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) - Participante, Julie Antoinette Cavignac (UFRN) - Participante, Renata de Sá Gonçalves (Universidade Federal Fluminense) - Debatedor/a
Nas últimas décadas, a noção de patrimônio ampliou-se consideravelmente no Brasil. Deixou de se referir apenas aos bens imóveis relacionados à noção de passado histórico e passou a englobar o cultural, o intangível, o genético, o intelectual. Deu-se início a um processo de “patrimonialização das diferenças” trazendo para o centro do debate as narrativas plurais centradas na noção de diversidade. Essa mudança trouxe novos atores e demandas para o campo do patrimônio e propiciou um mercado de trabalho crescente para antropólogos chamados para identificações, inventários, laudos e outras formas de mapeamentos de saberes tradicionais e expressões performativas singulares. Além disso, os/as antropólogos /as vêm há algumas décadas participando de conselhos consultivos de agências de patrimônio em escala nacional, estadual e municipal, além de também já terem ocupado a presidência de instituições de patrimônios estaduais e nacional. É tempo de avaliarmos os desafios encontrados por estes /as antropólogos /as no contexto destas agências. Como a antropologia tem contribuído para garantia do reconhecimento da diversidade cultural? Quais dilemas éticos tem enfrentado? Quais conquistas foram possíveis em contextos por vezes adversos? Este debate visa refletir sobre a importância de termos como pauta do Comitê de Patrimônios e Museus da ABA a demanda por representações da antropologia em todos os conselhos estaduais, além da já histórica e importante presença no conselho do IPHAN.