Cinque Terre
MR 019. Museus e patrimônios pensados por indígenas universitárias
Priscila Faulhaber Barbosa (Museu de Astronomia e Ciências Afins) - Coordenador/a, Eliane Boroponepa Monzilar (Escola Jula Pare/ SEDUC) - Participante, Carolina Camargo de Jesus (SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE MARICÁ) - Participante, Renato Athias (Universidade Federal de Pernambuco) - Participante
Propõe-se reunir nesta mesa, integrada ao GT Museus e Patrimônio da ABA, testemunhos de estudantes universitárias indígenas que constroem seus projetos de vida com relação ao meio de origem. Quando entram no sistema educacional suas trajetórias como estudantes e pesquisadoras envolvem dilemas éticos. Querem contribuir para reforçar a cultura material e imaterial do grupo de referência e do povo ao qual se vinculam. Veem as mulheres como principais difusoras da cultura e dos conhecimentos locais, do trabalho agrícola , da pesca ou das artes e artesanatos. Nestes reconhecem uma ponte para suas práticas da vida cotidiana e para a expressão de sua visão de mundo, em comunhão com as anciãs que transmitem conhecimentos de geração em geração. Elas detêm o domínio dos conteúdos ainda não traduzidos para a linguagem alfabética, para a cultura letrada, para o domínio escolar bilíngue ou bicultural. Veem os museus como lugares de memória e de construção do conhecimento. Problematizam, no entanto as activitys nos museus. Como pontos positivos, destacam a preservação da memória e a possibilidade de lembrar eventos ou histórias esquecidas. Como inconveniente apontam que os objetos apropriados pelos museus ficam guardados entre quatro paredes, sendo preciso elaborar projetos para a difusão e reconhecimento da significação cultural que comportam. Consideram a abertura para as demandas comunitárias relevante para a dinâmica cultural.