Cinque Terre
MR 004. Antropologia e Saúde Coletiva: convergências, impasses e possibilidades
Carlos Guilherme Octaviano do Valle (UFRN) - Coordenador/a, Martinho Braga Batista e Silva (UERJ) - Participante, Daniela Riva Knauth (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) - Participante, Inara do Nascimento Tavares (Universidade Federal de Roraima) - Participante, Maria Luiza Garnelo Pereira (Instituto Leônidas & Maria Deane - FIOCRUZ) - Debatedor/a
As relações entre a Antropologia e a Saúde Coletiva tem um histórico significativo e longo, tomando em consideração as duas áreas de conhecimento, ensino e pesquisa. Para além do foco evidente em questões e problemas referentes à saúde e doença, as duas áreas dividem preocupações objetivas a respeito de teoria e metodologias de pesquisa em Ciências Humanas e Sociais, consideram os aspectos institucionais que constituem e forjam intervenções e práticas voltadas a corpos, pessoas e populações. Além disso, chamam a atenção fortemente para sua dimensão política que caracteriza tanto as implicações da administração pública e dos efeitos de Estado, em suas materialidades e simbolismo, bem como consideram a esfera da participação e controle social, inclusive em termos dos efeitos, em paralelo dos ativismos biossociais e dos movimentos sociais em geral. Deve-se acrescentar que as trajetórias acadêmicas de antropólogos descrevem vinculações e inserções profissionais variadas em institucionais de ensino superior, em seus diferentes níveis, seja de graduação e pós-graduação em cursos e programas de Saúde Coletiva, cujo histórico merece maior entendimento e reflexão, o que vem a ser objetivo bastante salutar para as duas áreas de conhecimento científico. Nossa proposta é reunir especialistas, em diferentes momentos de formação e inserção acadêmico-institucional, cujas linhas de pesquisa são singulares, com o propósito de fazer um balanço das interfaces das duas áreas científicas.